domingo, 31 de janeiro de 2016

[Tag] Frases de mãe

Coucou!




Hoje o post é bem divertido, pois fui marcada numa TAG muito legal pelo blog da Laila Kelly belasterapias, me diverti respondendo.

Então, vamos as regras:


1.Mencionar e linkar os blogueiros que criaram a TAG : Taty Salazar, do Coleções Literárias, e Marcio Silva, do Um Baixinho nos Livros;

2.Indicar 5 blogs para responder a TAG;  

3.Colocar a imagem do post. Link aqui.


Agora minhas respostas: 



domingo, 24 de janeiro de 2016

Naquele dia [apaixone-se]

Olá, hoje a publicação é muito importante e especial. Trata-se de uma narrativa escrita por mim e por Flávio Ferreira do blog O corvo e o Carcará [link], uma parceria que deu certo, pois o resultado me deixou muito orgulhosa. Flávio é uma pessoa admirável, tanto profissionalmente como ser humano. Escreve lindamente, de forma singular, simples e ao mesmo tempo avassaladora, como se brotasse da alma.
Obrigada Flávio! Obrigada pelo convite, pelas críticas literárias, por compartilhar comigo seus escritos, nunca canso de lê-los. Sei que já disse mil vezes, porém repito: sou sua fã.
Obrigada!

E vamos esperar pelos novos escritos...

Naquele dia


Ele

Quando ele acordou naquela manhã logo procurou planejar suas palavras, ações e reações, criar momentos favoráveis que os levassem a um momento sublime e ainda sentia os efeitos do despertar quando percebeu que isso é impossível, não se cria momentos inesquecíveis, eles acontecem com quem espera milagres.

Aliás, quando ele acordou pela manhã jamais poderia imaginar que seu dia não teria 24 horas, como todos os outros da sua vida, jamais poderia imaginar que um gesto, que para tantos é banal, seria radiante o suficiente para quebrar paradigmas temporais.

Naquela manhã não poderia imaginar qual o real sentido de um mar de sentimentos invadindo o pequeno cais do seu coração, nem como poderia ser um tufão de emoções destruindo o pequeno e frágil forte que protegia sua razão.

Sendo assim, ele não imaginava que aquela seria a sua última manhã, pois o homem que despertaria no outro dia seria outro completamente diferente.

E ainda amanhecia o dia...


Ela

Despertou calmamente com as imagens desfazendo-se aos poucos perante seus olhos. Ela sabia que não era simplesmente um sonho, e sim seus tão imaginados desejos que insistiam em ocupar-lhe a mente.

Respirou a poeira do sol que entrava pela fresta da janela de seu quarto. Sentiu um nó na garganta ao perceber que o coração ainda doía. Quando ela acordou naquela manhã tinha a ilusão de que ao dormir poderia amanhecer sem a dor, porém sentiu a saudade, aquela saudade que sufoca, pois era a saudade de algo que ela nunca viveu.

Olhou para o pequeno porta-retrato em seu criado mudo ao lado da cama, era uma fotografia dele, uma fotografia roubada, um doce segredo que ela guardava. Perdeu a noção de quanto tempo ficou sentada na cama observando cada detalhe dele, guardando a imagem em sua retina, pois em seu coração ele habitava há tempos.

Naquela manhã ela acordou e percebeu que era um redemoinho, onde girava e girava sem parar todas as suas dores, todos os seus sorrisos, todos os seus desejos, engolindo-a para dentro de si própria.

Assustou-se com o toque de seu aparelho celular, era o despertador, lembrando-a dos compromissos que tinha naquele dia. Ela desligou o alarme, visualizou as horas, espreguiçou-se estalando as costas antes de levantar da cama, e mesmo sem saber, já não era mais a mesma mulher.

E ainda amanhecia o dia...


Ele

Tudo o que foi pensado, feito e dito naquele dia concorreu para que o cume fosse com determinado desfecho, e o dia não acabaria enquanto a escalada não chegasse ao fim, que nada mais era, do que um início.

Os mais belos momentos de nossas vidas, chegam em escalas, muitas vezes parecem surpresa aos nossos olhos humanamente depressores, mas são na verdade construídos por almas que já estavam unidas muito antes dos corpos, e naquele dia ele era avisado de cada escala daquela viagem até que seus olhos puderam cruzar com os olhos do desejo ardente de seu coração: ela chegou...


Ela

Olhou para o relógio no seu pulso e reclamou internamente das horas. Cada segundo era uma infinidade de tempo que estava longe dele. A ansiedade intensa a fazia gritar em plenos pulmões preenchendo todo aquele silêncio da espera. Naquele dia ela era mais turbulências que todas as aeronaves do mundo.

Sufocou-se com seus gritos inaudíveis e uma lágrima surgiu no mesmo instante que brotou um pensamento, pensamento esse que a feriu como um espinho, e se ele não viesse ao seu encontro.

No entanto, mesmo o dia encontrando-se em seu fim, onde a noite tentava engolir os últimos raios de sol, ela iluminou-se devido o desejo ardente de seu coração: ele chegou...


Então, veio o silêncio e fez-se a cena

Não há jogos, não há planos neste momento, o que existe são olhares, toques que descarregam uma energia imensamente grande, e que ainda assim eles tentam absorver para si, procuram desesperadamente ser essa energia, decifrá-la para que no futuro possam reproduzi-la sem erros.

Mas há um momento, um segundo em que o mundo simplesmente para de olhá-los e passa a contemplá-los extasiado. É o momento! Seus olhares se cruzam e surgem os sorrisos, pois ele sabia no que ela estava pensando, e ela, sabia que ele sabia. Na verdade, eles são incapazes de esconder qualquer coisa um do outro, basta um olhar e a conversa já foi travada, o segredo já revelado e a omissão completamente desfeita.

O beijo

E chegou o momento! Aquele momento transbordante onde as palavras sucumbem, os gestos não bastam para expressar o que está em si, seus olhares fixos e de pupilas dilatas revelam um ao outro que nada mais pode ser contra, e a entrega ocorre através de um verso simples, mas complexo, onde apenas seus lábios poderiam criar a rima.

No caminho do encontro dos lábios desejosos, seus corações cessam todas as atividades, mas, no encontro único, consumado num beijo tão desejado, o mesmo coração volta a bater, porém com uma diástole que parece querer lançá-lo para fora do peito dele ao encontro do coração dela.

Eles percebem nesse momento que mais do que os lábios, os corações também se beijam naquele instante, neste encontro se fazem um pela primeira vez, quando os lábios buscam um ao outro num desfecho pacífico, mas avassalador, eles percebem que era exatamente ali que desejavam estar, não o lugar em si, mas sim, a maneira: um no outro e outro no um.




Por

Maina Salén e  Flávio Ferreira [link] 

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Se puderes...

Se puderes segurar minhas mãos e afagá-las
Enxugar minhas lágrimas e roubar-me um sorriso
Eu te olharia com olhos de gratidão
E desfolharia as tristezas que carregas contigo

Se puderes acalmar-me a alma num simples abraço
Calar-me os lábios com as pontas dos dedos 
fazendo-me esquecer os meus anseios
Eu te olharia cheia de desejos
E transbordaria de mim os mais doces suspiros

Se puderes arrancar de mim todos os meus segredos
Despindo-me do passado que outrora me sufocava
Eu te daria minha pele
Para te cobrir e aquecer nas noites frias

Se puderes comigo admirar a lua
Brincar de contar estrelas e rir das minhas brincadeiras tolas
Eu te levaria comigo para a chuva
Para que as gotas possam lavar os seus cabelos

Se puderes me levar para ver o mar
Sentir comigo a brisa 
e deixar as ondas molharem nossos pés
Eu beijaria seu rosto como se fosse o primeiro raio de sol 
depois de um tórrido inverno

Se puderes fazer de mim um poema,
onde cada verso me versa
Eu me versaria também no teu ser
Para juntos sermos um...

Um rio que corre e deságua no mar...

No mar dos desamores
dos temores
dos desejos
E formar aquele tão sonhado beijo
que nunca poderemos ter...

MS






sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

A espera...

Lá fora a noite é um pulmão ofegante
O som ritmado que inspira e expira
É um dos poucos sons que consigo ouvir
Além do bater apressado do meu coração

Espero-te
A ânsia me consome
Meus dedos caminham sobre a mesa
Minhas pernas balançam
Onde estás?

Lá fora a noite ainda respira
Mas à medida que os segundos passam
Sinto que logo não farei o mesmo
Pois me falta o ar

Caminho de um lado para outro
Como um tigre enjaulado
Mexo nos bibelôs de vidro da sala de estar
Onde estás?

O telefone me parece tão ofegante quanto à noite
Devo ceder a tão vil tentação?
Não, a sociedade condenar-me ia

Apazíguo meus ânimos
E vou para a cozinha
Bebo algo com gelo
Degusto dado a contragosto

Espero-te!
Será que a noite está ficando sem ar tanto quanto eu?
Onde estás?

Já são nove, dez, onze, meia noite!
Ainda espero-te, mas meus olhos estão cerrados
Quando chegares ouvira injurias
Chegarás?

Quando já não posso mais ouvir os suspiros da noite
Tu chegas, na ponta dos pés
Finjo que durmo
Meu coração engrandece
Meu corpo treme e brada
Mas não abro os olhos até que chegues até mim

Quero perguntar onde estavas
Mas não tenho forças
Estou tão ofegante quanto à noite
Nada mais importa
Apenas teus lábios cálidos nos meus...


                                                                                                                                       MS
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